sábado, 23 de fevereiro de 2008

Para sempre...Pequenina!

Há etapas na vida que nos obrigam a mudar... Sentimos e vemos alterações ao nível físico e mental: o cabelo, o rosto, o corpo, as atitudes, as obrigações, a responsabilidade.

Quando era pequena não queria crescer. A minha mãe diz que eu, a cada passagem de ano, dizia querer ser sempre pequenina. Se pudesse, ainda hoje queria. Vejo o tempo passar, mas sinto que ainda hoje sou uma criança rebelde, brincalhona e teimosa.

Por vezes dou por mim a sonhar...como uma criança adulta... Talvez porque tenha tido uma infância muito feliz e que ainda hoje recordo com um sorriso de orelha a orelha e com um suspiro, não só cor-de-rosa, mas multicolor :) Mas a idade faz-me parar para pensar que tenho de crescer, de amadurecer...

Quando for velhinha, espero recordar toda a minha vida com um sorriso ainda maior, que me faça chorar lágrimas de felicidade, olhar para o passado como sempre presente, e que me faça sentir, sempre, pequenina.



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Rui Veloso - Porto Côvo


Roendo uma laranja na falésia,
Olhando o mundo azul à minha frente.
Ouvindo um rouxinol nas redondezas,
No calmo improviso do poente.
Em baixo fogos trémulos nas tendas.
Ao largo as águas brilham como prata.
E a brisa vai contando velhas lendas,
De portos e baías de piratas.
Havia um pessegueiro na ilha,
Plantado por um Vizir de Odemira.
Que dizem que por amor se matou novo,
Aqui, no lugar de Porto Côvo.
A lua já desceu sobre esta paz,
E brilha sobre todo este luzeiro.
À volta toda a vida se compraz,
Enquanto um sargo assa no braseiro.

Ao longe a cidadela de um navio,
Acende-se no mar como um desejo.
Por trás de mim o bafo do destino,
Devolve-me à lembrança o Alentejo.
Havia um pessegueiro na ilha,
Plantado por um Vizir de Odemira.
Que dizem que por amor se matou novo,
Aqui, no lugar de Porto Côvo.
Roendo uma laranja na falésia,
Olhando à minha frente o azul escuro.
Podia ser um peixe na maré,
Nadando sem passado nem futuro.
Havia um pessegueiro na ilha,
Plantado por um Vizir de Odemira.
Que dizem que por amor se matou novo,
Aqui, no lugar de Porto Côvo.

Fica a letra de uma das músicas de Rui Veloso que mais me "embala" e me faz viajar pela praia, pelas férias, pela saudade*